quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Incensos e Defumadores

Há 4.000 anos, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as culturas mais antigas do Mediterrâneo e África. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta época: "O Egito". A antiga civilização do Egito era devotada em direcionar os sentidos ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. As fragrâncias dos óleos eram usadas como perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a construção e nos rituais. Isto confirma que no Egito se utilizava o incenso desde os tempos antigos.
Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram em terras distantes, incenso, sândalo, mirra e canela. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos.
Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos.
Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o kyphi, que se queimava durante as cerimônias religiosas, para dormir, aliviar a ansiedade e iluminar os sonhos.
Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar.
Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também, madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo entre outras que eram oferecidas às divindades.
O que é defumação?
Defumação - Ato de purificar o ser, o objeto e o ambiente, através da fumaça. É o ato de expulsar o negativo, através de aromas, ou seja, das essências (ervas: alecrim, benjoim, incenso e outras), de acordo com a necessidade da utilização.
A defumação é uma prática antiqüíssima de todas as religiões e de todos os povos.
A defumação tem sempre caráter expulsatório (exorcístico) de espíritos.
O emprego sistemático da fumaça deve ser reminiscência indígena.
Entre todas as tribos da raça Tupi, o Tabaco é considerado como planta sagrada.
O segredo e a utilização desses elementos por parte de nossas entidades, do uso do cachimbo, do charuto e do cigarro nos trabalhos, defumando e não como vício, como soprar a fumaça, são variados, dependendo do caso em questão.
Ato de queimar ervas, bálsamos, cascas, raízes e outros ingredientes sobre brasa, produzindo fumaça, numa operação ritual, possuidora de um poder superior, que afasta as más influências, atraindo as boas vibrações, tanto para a pessoa, como para o ambiente.
Como é a atuação do defumador?

1) A essência do defumador, desfazendo-se no ambiente, isto é, misturando-se com o éter atmosférico, vai ser sentido pelos espíritos.
2) Seu aroma desperta alguns centros nervosos dos médiuns, fazendo esses centros vibrarem de acordo com as irradiações fluidas da entidade.
DEFUMADOR
Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é atribuída a possibilidade da modificação ambiental, através da mesma.
Na Umbanda, como em outras religiões, seitas e dogmas, usa-se também desse expediente, ao qual chamamos de Defumador, que tem a função precípua de equilibrar o ambiente de trabalho de acordo com a necessidade.
O defumador pode ser de três tipos, a saber:

Mantenedor do equilíbrio.
Positivador do equilíbrio.
Negativador do equilíbrio.
Mantenedor do equilíbrio: tem por finalidade reforçar o equilíbrio já existente no ambiente, e para tal serão usadas as seguintes essências:Incenso, Benjoim e Mirra.
Positivador do equilíbrio: tem por finalidade reforçar a parte positiva, para equilibrar as negativações, principalmente se existirem assistentes externos à corrente fraterna, e para tal serão usadas as seguintes essências: Alecrim, Incenso e Benjoim.
Negativador de equilíbrio: tem por finalidade negativar totalmente o ambiente, reforçando a parte negativa. Por motivos de segurança, e para evitar que um leitor se quede à fazê-lo, deixamos propositadamente de dar as essências necessárias, o que só poderá ser ministrado à alguns, e escolhidos a dedo.
NOTA: Nos defumadores acima descritos, poderão ser adicionadas conforme a intenção, ervas dos ORIXÁS, porém, para que possam realmente surtir o efeito descrito, deverão manter no cerne, as essências preconizadas, para cada necessidade.
(Fonte: Associação Espírita Vó Barbina)

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